Além do crescimento, as empresas precisam de incentivos, venha para a Capital da Inovação - Floripa
A indústria brasileira de softwares (programas de computador) e serviços de 
tecnologia da informação (TI) está crescendo acima do Produto Interno Bruto 
(PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no País. De acordo com dados do 
Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da Sociedade Softex, o 
crescimento médio real observado entre 2003 e 2009 atingiu cerca de 8%.
Até 2016, a projeção é que o setor de TI nacional cresça em torno de 7,7% ao 
ano. "Ainda acima do PIB, mas um pouco menor do que a gente viu para o período 
anterior. Há uma tendência de desaceleração do crescimento, mas não muita". A 
previsão considera um PIB moderado de 4,5% ao ano, até 2016. Virginia disse que 
se a economia crescer acima de 4,5%, a tendência é que a indústria fique mais 
aquecida.
Para o ano de 2011, a estimativa é que o faturamento do setor de software e 
serviços de TI atinja R$ 63 bilhões. A expansão será superior a 7% em relação a 
2009, disse Virginia. Não há ainda números relativos a 2010, informou.
Ela concordou com a opinião do presidente do Sindicato das Empresas de 
Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret, de que está 
havendo uma estagnação da indústria fluminense de TI, embora ela permaneça na 
segunda posição do ranking nacional em número de empresas, pessoas ocupadas e 
receita. "Enquanto São Paulo cresce a taxas significativas, o Rio de Janeiro 
está dando uma estagnada. E, provavelmente, o Benito tem razão, isso se deve à 
questão de incentivo fiscal".
Segundo o presidente do Seprorj, a redução prevista de 5% para 2% do Imposto 
sobre Serviços (ISS) para o setor de TI do Rio de Janeiro não ocorreu até agora, 
o que prejudica a indústria local.
Por outro lado, está havendo um crescimento importante nos estados do Sul, 
que mostram expansão superior à do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, revelou a 
gerente do Observatório Softex. Em termos de emprego, ela disse que há registro 
de crescimento. O grupo, que reúne sócios e assalariados, alcança em torno de 
590 mil pessoas, das quais 100 mil seriam sócios, englobando aí os consultores 
pessoas jurídicas.
No grupo de assalariados, estão incluídos os profissionais especializados de 
TI, como analistas, engenheiros de computação, administradores de banco de 
dados, programadores e especialistas, entre outros, que chegam a 200 mil 
pessoas.
Virginia Duarte analisou que a tendência é a expansão do mercado de trabalho 
formal no setor de TI, devido às medidas determinadas pelo governo federal de 
desoneração da folha de pagamento. Isso deve mudar a composição da força de 
trabalho, com a inclusão de pessoas terceirizadas na folha. "O mercado de 
trabalho formal, de assalariados e celetistas, vai crescer e vai diminuir o 
número de sócios de empresas", estimou. "Isso é bom, porque a concorrência está 
braba".
Virginia Duarte avaliou que a maior concorrência às empresas nacionais de TI 
vem da Índia e da China, "principalmente na parte da indústria mais voltada para 
o modelo baseado em serviços de mais baixo valor". Ela índicou que o segmento em 
que a competição fica mais complicada é a de serviços de TI de desenvolvimento 
sob encomenda para a rede global.
O Rio Info 2011 se estenderá até o próximo dia 29. A Sociedade Softex é a 
gestora do Programa para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro 
(Programa Softex).
 
 
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