Páginas

4 de set. de 2011

Turismo Cruzeiros Marítimos

Continuando nosso foco de hoje no setor de turismo, apresento alguns dados relevantes extraídos do estudo da FGV em parceria com ABREMAR sobre a vinda de cruzeiros para o Brasil.

No mercado internacional, o segmento de cruzeiros marítimos tem mostrado um desenvolvimento crescente, a taxas de 8 a 9% ao ano. (Cruise Market Watch, 2010). No ranking mundial, os Estados Unidos despontam com 10,1 milhões de cruzeiristas e a Europa aproxima-se dos 4 milhões, sendo a Inglaterra com 1,65 milhão, a Alemanha com 1,26 milhão e a Itália com 850 mil. No mercado brasileiro, alguns números recentes comprovam a importância dos cruzeiros marítimos. Desde a temporada de 2004/2005, houve um aumento considerável não só da quantidade de navios, como também do número de rotas. Na última temporada (2010/2011), foram aproximadamente 800 mil cruzeiristas sendo 100 mil estrangeiros, viajando em 20 navios na costa brasileira.  Para ser mais exato, a temporada 2010/2011 contou com 20 navios, que transportaram 792.752 cruzeiristas, sendo 693.723 brasileiros e 99.029 estrangeiros. Esses números demonstram como a atividade contribui para o turismo interno e como também para a entrada de turistas estrangeiros no País. Dados do Anuário Estatístico do Ministério do Turismo revelam um incremento acumulado do número de chegadas de turistas internacionais, por via marítima, de 182%, no período de 2003 a 2010, enquanto que, no mesmo período, o crescimento do número de chegadas de turistas estrangeiros pelas diferentes vias de acesso, no Brasil, totalizou 23%. Tais chegadas internacionais têm impacto direto na entrada de divisas no País.
Entre os setores mais beneficiados pelos gastos dos cruzeiristas e tripulantes destacaram-se o comércio varejista e alimentos e bebidas. Dos R$ 522,5 milhões dos impactos totais (diretos e indiretos) dos cruzeiristas e tripulantes, R$ 172,6 milhões foram gastos na atividade comércio varejista; R$ 155,1 milhões com alimentos e bebidas; R$ 80,3 milhões com transporte antes e/ou após a viagem; R$ 67,6 milhões com passeios turísticos; R$30,5 milhões com transporte durante a viagem (nos portos de escala); e R$ 16,4 milhões com hospedagem antes ou após a viagem. O cruzeirista internacional apresenta um gasto médio 184% superior aos nacionais.
Ou seja, com base nesse estudo que está no link: http://www.abremar.com.br/pdf/ESTUDO%20FGV%20-%20Abremar%202011.pdf podemos perceber que Florianópolis precisa de um estudo sobre possibilidades de ser roteiro marítimo dessas embarcações. Talvez possamos trazer os poucos turistas que aportam no porto de Itajaí para excursões em nossa ilha, nesse ponto entra novamente a questão do turismo receptivo. Foquem nesse quesito, talvez seja outra dica de investimento na nossa bela cidade. Lembrem-se sempre do crescimento sustentável, cresçam mas lembrem-se sempre do lugar que lhe acolheu. Abs!


Nenhum comentário:

Postar um comentário