A falta de planejamento de empreendedores pode ser fatal
A sociedade raramente nos prepara para o casamento ou para criar e educar filhos, por exemplo. Da mesma maneira, muitos se metem a facão sem cabo na aventura de criar empreendimentos, tão preparados como uma barata a qual se pedisse para dançar tango. E aí, precisamente, reside a maior causa da desastrosa estatística de empresários falidos nos primeiros três anos de aventura pelo mundo dos negócios.
Planejamento é essencial no empreendedorismo
Não é só no trânsito que a afobação causa tantos acidentes, mas também na esfera sentimental, econômica, financeira e empresarial. As consequências do excesso de velocidade do aprendiz de empresário para abrir uma empresa e passar a “mandar no seu próprio nariz” são com frequência colaboradores desempregados e proprietários “desempresados”, além dos traumas e maus resultados para os indivíduos e para a sociedade como um todo, pois após o desastre ficam mais pobres.
O “fazejamento” deve ser substituído pelo planejamento. Não importa se você é empreendedor experiente ou “marinheiro de primeira viagem”. Colocar o planejamento e a busca de informações em primeiro lugar é o primeiro passo para ser bem sucedido. Se o caminho parece meio nebuloso, busque ajuda de quem sabe, pois consultoria há muito tempo passou de “artigo de luxo” para “artigo de primeira necessidade’.
Exageros são prejudiciais
As sobras são tão prejudiciais quanto as faltas. Em minhas visitas às empresas de todos os portes, tenho encontrado muitos excessos. É comum encontrar espaços e imobilizados ociosos, máquinas e veículos subutilizados, elevados estoques de materiais e funcionários fazendo pouco ou nada, verdadeiros objetos de decoração. E os descuidos não param por aqui! Nas indústrias iniciantes, com frequência não faltam resíduos e retrabalhos. Por isso, não é de se admirar da falta de recursos, pois estes além de escassos, muitas e muitas vezes são mal empregados. Sendo esta uma das causas da corrida desesperada aos bancos em busca de recursos. E nestes casos, banqueiros não são otários e não emprestam “grana” para quem não sabe administrar o seu próprio dinheiro.
Grande parte do mercado é formada por clientes que também desperdiçam, mas na hora de comprar não querem pagar pelos desperdícios alheios. Portanto, quem deseja atrair, conquistar e fidelizar clientes precisa fazer o “dever de casa”, racionalizando o uso dos recursos e buscando o máximo de produtividade, o que se só se consegue com muitas informações e planejamento.
Por Soeli de Oliveira no portal 45 Graus
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